Dicas sobre o uso de telas na infância e adolescência

Dicas sobre o uso de telas na infância e adolescência

Crianças em idades cada vez mais precoces têm tido acesso aos equipamentos de telefones celulares, computadores e tablets. Mas nada, nada mesmo substitui o contato, o afeto humano, o olhar, o sorriso, a expressão facial, a boa conversa, a leitura e a convivência da família com as crianças e os adolescentes.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda:

• Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas, sem necessidade (nem passivamente!). Os primeiros 1000 dias de vida de uma criança é a fase de um grande desenvolvimento cerebral, daí a importância de evitar as telas;

• Para crianças com idades entre 2 a 5 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervisão de pais/cuidadores/responsáveis;

• Crianças com idades entre 6 a 10 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2 horas/dia, sempre com supervisão de pais/responsáveis;

• Adolescentes com idades entre 11 a 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite” jogando;

• Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar 1-2 horas antes de dormir.

Outros pontos de atenção

O conteúdo que a criança ou o adolescente estão acessando, tem que estar de acordo com a idade e, principalmente, com a maturidade do seu filho;

Qual é o contexto do uso das redes, ou seja, seu filho está utilizando as redes de forma criativa, aprendendo algo novo e socializando com amigos ou somente consumindo informações de forma passiva e sem nenhuma qualidade ?;

Observar sempre quais emoções estão sendo despertadas : alegria ou irritabilidade, ansiedade…;

É comum ouvirmos que as crianças são nativos digitais, o que não é verdadeiro, pois eles sabem mexer bem nos aplicativos, mas isso não significa ter maturidade para saber usá-los, precisamos ensiná-los .

O nosso dever como pais passa também em avaliar a maturidade da criança e/ou adolescente antes de dar de presente um celular ou tablet. É nossa responsabilidade educar e ensinar como utilizar as telas com responsabilidade, ter um diálogo franco, ajudar a criar o perfil, compartilhar a senha, acessar junto o conteúdo, participar e não espionar.

Criança X internet

Desde o primeiro acesso da criança à tela, é sempre bom deixar claro os limites de tempo, conteúdo e contexto do uso , de acordo com os “combinados” em família. E dar mais liberdade e autonomia à medida que eles se comportem bem.

Adolescentes X internet

Já com os adolescentes, ao invés de fazer uma lista dos riscos e ameaças que a internet pode trazer, outro caminho possível é convidar para uma boa conversa. Conversar sobre quais critérios estão utilizando para ver posts, quais pessoas gostam de seguir, o que estão gostando de assistir no Youtube, se tem percepção sobre reputação digital, se entendem a responsabilidade de publicar, orientar que os conteúdos publicados deixam rastro e podem ser usados no futuro em entrevista de empregos, relacionamentos… E que cada um tem responsabilidades sobre suas próprias informações pessoais, sempre tomando cuidado para não menosprezar o que é importante para eles.

Todo esse aprendizado leva tempo e disposição dos pais para participarem ativamente da formação dessa cidadania digital. E, mais do que nunca, é importante manter-se vigilante e criar uma relação de confiança com seu filho , contribuindo para um bom aprendizado.

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